sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Ó por favor!

" Um homem de 59 anos surpreendeu todos os familiares ao aparecer vivo no seu próprio funeral, no Estado do Paraná, Sul do Brasil, depois de ter sido erradamente identificado como vítima mortal de um acidente de viação que ocorrera na noite de Domingo.

Ademir Jorge Gonçalves passara afinal aquela noite num bar de estrada a beber cachaça com amigos e só soube que tinha sido dado como morto no dia seguinte quando – como é hábito no Brasil – já decorriam as cerimónias fúnebres, explicou a sobrinha do suposto finado, Rosa Sampaio, ao jornal brasileiro “O Globo”.

Já o velório decorria há cinco horas quando Ademir apareceu na funerária, às 8h da manhã (locais) e se identificou como sendo a pessoa que estava a ser velada pelos familiares. “Os familiares ficaram de cabelos em pé e muito assustados”, contou o gerente da funerária, Natanael Honorato.

A sobrinha de Ademir, um servente de pedreiro da cidade de Santo António de Platina, assim como a própria mãe e um amigo com quem partilha a casa onde mora tinham identificado o corpo, apesar das dúvidas que a desfiguração do cadáver lhes levantou. “Mas era uma pessoa muito parecida, e as roupas também”, disse Rosa Sampaio, explicando que por isso decidiram fazer o funeral. “O que mais podíamos fazer?”, questionou com embaraço.

A polícia respondera a um alerta de atropelamento às 22h00 da noite anterior junto a um motel e posto de gasolina da cidade, tendo levado o corpo da vítima para a morgue e daí para uma funerária, onde os familiares e amigos de Ademir apareceram e identificaram positivamente o cadáver. A família escolheu a urna e deu ordem para se fazer o funeral. Ao constatarem que Ademir estava afinal vivo, foram embora recusando pagar os 1,3 mil reais (pouco mais de 500 euros) do serviço fúnebre.

O cadáver foi posteriormente e correctamente identificado por uma família oriunda de uma cidade próxima, Joaquim Távora, onde o morto acabou por ser enterrado ainda na tarde de segunda-feira, precisavam fontes policiais ao “Globo”."

in: www.publico.pt

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