16/17 de Janeiro
Quando estávamos a chegar a Frankfurt era esta a fabulosa vista da janela do avião. Um manto branco lindíssimo. Quando aterrámos vi neve pela primeira vez. É verdade. Esta alfacinha de gema nunca tinha visto neve, nem mesmo naquele célebre dia 29 de Janeiro de há uns anos quando nevou por Lisboa e arredores. Fiquei fascinada e também congelada quando saímos do avião. Que vento gelado, meu Deus...
E era aqui no aeroporto de Frankfurt, que começava a grande viagem até Bombaim. A Índia começou a desenhar-se na fila para o embarque. O conceito de fila indiana não podia estar mais errado, porque os indianos não conhecem o termo. Se alguma vez forem à Índia, não se ponham em filas, vão directamente para o início da mesma, que é para onde todos vão e depois logo se vê. Só de pensar nas 8 horas de viagem, a minha cabeça estava a mil à hora, o estômago às voltas, era todo um frenesim, a minha pessoa. Entrámos no avião (um jumbo) e tudo mudou. A viagem foi óptima, o avião é super estável e muito confortável. Tínhamos uma manta e uma almofadinha, ficámos sentados nos assentos do meio, mesmo ao pé da televisão, que passou um filme da Jennifer Anniston e um do Bollywood, claro está! Deram-nos muita paparoca (o início do picante, o horror....), dormimos, lemos, enfim. Passaram-se muito bem as 8 horas e ainda bem!
Em Bombaim tudo correu mal! O que me apetecia era meter-me no avião e vir pra casa, para os braços da mamã e do papá!
Primeiro, o P. esqueceu-se de levar os comprimidos para a malária! Bonito serviço né? Grande stress que foi ao descobrir que não tínhamos os comprimidos dele, porque eram diferentes do que o que nós todos tomávamos. Felizmente, no aeroporto havia uns quiosques de Internet grátis. Mas já lá vamos.
O pior de tudo e o que foi realmente assustador, foi na alfândega. Quando entramos na Índia, temos que preencher um documento com os nossos dados e o porquê da nossa estadia. Pedem também a morada do sítio onde vamos ficar. Ora, como não fui eu que tratei de nada, não fazia a mínima ideia da morada, só sabia o local. O senhor da alfândega disse que eu tinha que obrigatoriamente colocar a morada e que se eu não soubesse, ele não tinha problema nenhum em não me deixar entrar e meter-me no mesmo avião de volta. Um senhor muito amoroso portanto. Imaginem isto, com toda a gente que tinha vindo comigo, já do outro lado da alfândega a olhar para mim. Por sorte, havia uma das pessoas (por sorte um homem) que estava ainda do lado de cá e que lá me ajudou a passar. Foram os 5 minutos mais longos da minha vida.... Foi verdadeiramente horrível. Passada esta etapa, fomos para o aeroporto doméstico onde iríamos ficar as 10 horas de escala.
Ora pois portanto, foram assim passadas as 10 horas. Nestas cadeiras, neste espaço. Nice! Naqueles quiosques ali atrás (conseguem ver?), foi onde falámos com a Bubbles para ela nos conseguir ajudar a perceber se o P. podia ou não tomar os nossos comprimidos (o tal Mephaquin), porque os dele ficaram a tomar conta da nossa casa! Ela não conseguiu ajudar na altura, nem nós conseguimos pesquisar nada na net que nos ajudasse. Como já eram meia noite em Portugal, a Bubbles disse que só no dia a seguir é que nos conseguia ajudar e pronto, nós não podemos fazer mais nada. Fomos dormir para as cadeiras.... E ver televisão indiana (not)!
Foi no aeroporto que nos deparámos com a realidade "Latrina". Muito bom. Ou not that much...
Finda aqui o primeiro post sobre a Índia.
2 comentários:
Um monte de aventuras que nunca vais esquecer na vida!
Se este é o relato do 1º dia, goodness gracious me!
Queremos mais! :)
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