quarta-feira, 6 de abril de 2011

Na rua onde eu trabalho

Na rua onde eu trabalho há obras, há pó, há camiões, gruas e retroescavadoras também. Todos os dias é um corropio de gente. De colete reflector e capacete para trás e para a frente, parecem um grupo de pirilampos a vaguear numa noite de verão. A rua está cortada, os edificios à nossa volta foram demolidos e em frente começa a nascer um viaduto. Diz que são as obras da nova ponte e diz que aqui vamos ficando com tudo ao nosso lado a desparecer e as nossas paredes a tremer com a força das máquinas a trabalhar à volta. Tudo o que é bicheza está a sair da terra e o albergue é o nosso jardim. Ainda no outro dia fomos saudados com uma cobra de tamanho considerável que se repastou com as osgas gordas que por aqui passeiam. Se ainda cá andasse o Jolie (o rato do jardim) tinha sido caviar! Dia após dia, assistimos às mudanças na rua sejam elas paredes que deixam de existir, casas e pessoas que deixam de aqui viver, sentidos de trânsito trocados, estradas a aparecer e o viaduto a crescer.


Mas o melhor e mais agradável que tudo isto e do que o cheiro a alcatrão pela fresca... é ter chegado de manhã cedo e ver os homens das obras em cuecas!!!!! :)

1 comentário:

Panuci disse...

ahahahahahahahah Lindo este post :D O meu sonho é ver um homem das obras em cuecas, logo pela fesca... lol