Agora sim, consigo descrever como foi a despedida na passada sexta-feira (consegui parar um bocadinho....). O dia correu bem, a arrumar as tralhas, a deitar muita papelada para a reciclagem, a tratar de coisas que deviam ficar tratadas, a tentar deixar tudo perfeito para quem fica. Às 17h30 começaram as despedidas... E aqui é que as coisas começaram a ficar estranhas. Dizer adeus a 5 anos de pessoas que conhecemos e deixámos entrar nas nossas vidas, umas de imediato, outras aos poucos, é uma sensação ingrata, injusta, infeliz. Falo por mim, a sentimentalzinha cá do sítio. Não é dizer adeus, porque os contactos mantêm-se, é o convívio diário, as piadas e olhares cúmplices, aquele sorriso, aquele ambiente a que chamamos casa ao fim e ao cabo. Passamos mais tempo com eles do que com a família. Laços são criados inevitavelmente, empatias surgem, amizades nascem. Na sexta, o meu coração ficou pequenino pequenino... Beijos que foram dados, abraços intermináveis, que eu queria que não acabassem nunca, olhos vermelhos de emoção que diziam tudo, apesar de não ouvirmos nada, na hora do "até logo". Carregada de sacos e de lágrimas, com um nó na garganta, lá fui eu para outra aventura, num caminho para casa feito em silêncio. Não havia espaço para mais nada, apenas o silêncio. Drama a mais? Talvez. Não posso negar aos sentimentos que me assolam, à emoção que toma conta de mim quando falo em pessoas que me ficaram no coração. No meio de tantas coisas más, ficam apenas os bons momentos.
Saudades.
Saudades.
7 comentários:
É estranha, a despedida, sim.
Eu já mudei várias vezes de emprego, sempre por vontade própria, já voltei a sítios onde fui feliz, já perdi contacto com muita gente de quem gostei e, feito o balanço, acho que vale sempre a pena.
Curiosamente, quando nos vamos embora sentimos sempre que parte de nós fica no ponto de partida.
Achas bem?! Fazer-me chorar à frente do ecrã com a chefe ali em frente a ver?! não bastou naquele dia?! ffuuunnnfff
foste para melhor! queremos todos acreditar que sim! por isso te deixámos ir.... e te desejamos toda a sorte possível!
Sentimentalóide.... eu sou mais...
Tadita da nossa pequenina. :)
Já passou. beijo gani
Uma pequena história (sim, com um "h" porque eu cá não sou brasileiro!!)
À cerca de 5 anos, sai tambem dum sítio onde convivi durante 15 anos (!!) com os meus colegas, amigos, camaradas e palhaços!.
Pois te digo que a tua saída foi sentida como um vazio pelos teus colegas e por ti, que se exprimiram algum por um pranto descontrolado, sentimento de perda..
Pois, eu, coitadinho, sai, virei costas a este naco da minha vida e digo-te: ninguem, mas ninguem se despediu, ninguem me contactou desde então. Estes poderiam ter sido os "teus" amigos.
Tiveste muita sorte de teres gente boa a trabalhar contigo.
Mudaste para melhor, presume-se, e é mesmo assim a vida. Faz-se amizades, acrescenta-se mais amizades e quem quer fca, quem não quer, não come.
Panuci's Friend, my friend, não fiques assim, fui para melhor mas vcs estão cá todos enfiados no meu coração mole!! =) A tua chefe é uma fixe, n te podes queixar!! Primus, isso é que foi... Mt chato, mas quando assim é costuma-se dizer "mais vale só que mal acompanhado"... Eu tive a sorte de encontrar pessoas cinco estrelas e espero mantê-las durante muitos e longos anos!
Primus a estória com "e" em Portugal foi contada varias vezes pelo Carlos Pinhão, jornalista do jornal A Bola numa altura em que A Bola fazia escola de português (e era usada nas aulas de português em muitos locais do mundo).
A explicação dele era simples: há histórias (que são histórias) e as estórias, que são coisas não tão relevantes mas que devem ser contadas.
Uma estória tem algum carinho, ao contrário da história, que é factual e deve ser imparcial.
Quanto às pessoas que nunca mais disseram nada, que é o que importa dessa história ou estória, fuck them. Só quem fica interessa.
mai nada bf! Quem fala assim não é gago!
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